sábado, 2 de novembro de 2013

Como Ler um Raio X do Tórax



Você provavelmente já viu o raio-x torácico (radiografia do peito) ou até já chegou a ter feito um. Você já se perguntou como se lê um raio-x do tórax? Aqui está uma abordagem rápida e fácil, apenas seguindo esses passos simples e usando associação de letras ‘A, B, C, D, E, F, G, H, I’ (em Inglês, apenas).

Quando olhar para uma radiografia lembre que é uma representação bidimensional de um objeto tridimensional. Altura e largura são mantidas, mas profundidade se perde. O lado esquerdo da imagem representa o lado direito do indivíduo, e vice-e-versa. Ar aparece em preto, gordura aparece em cinza, tecidos finos e água aparecem como tons claros de cinza, e ossos e metais aparecem em branco. Quando mais denso o tecido mais branco será no raio-x. Tecidos densos aparecem opacos e claros nas imagens; tecidos menos densos aparecem translúcidos e escuros nas imagens.

Passos

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    Confira o nome do paciente. Antes de qualquer coisa, tenha certeza que você está olhando pro raio-x torácico certo.
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    Leia a data da radiografia torácica. Preste bem atenção nas datas quando comparar com radiografias antigas (sempre olhe as radiografias antigas, se disponíveis). A data que a radiografia é tirada fornece importantes informações e contexto para interpretação e descobertas. Por exemplo, uma massa que tenha aumentando em 3 meses é mais significante do que uma que tenha aumentado em 3 anos.
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    Repare o tipo de imagem (esse artigo entende que você está analisando um raio-x do tórax, e não uma foto comum, uma tomografia computadorizada, um angiografia, ressonância magnética, etc). Para raio-x existem diversas visualizações como:
    • A visualização padrão do tórax é a radiografia póstera, ou “tórax PA”. Póstero-anterior refere-se a direção do raio-x atravessando o paciente de posterior para anterior. Esta imagem é tirada com o paciente na vertical, em plena inspiração (com os pulmões cheios de ar), e com a máquina de raio-x na horizontal à 1,8 metros do filme.
    • A radiografia do tórax antero-posterior (AP) é obtida com a máquina de raio-x atravessando o paciente de anterior para posterior, normalmente obtida com um raio-x portátil para pacientes muito doentes, aqueles incapazes de se levantar, e bebês. Já que o raio-x portátil tende a ser menos potente do que máquinas normais, a radiografia AP são geralmente tiradas a uma distancia menor do filme, comparadas às radiografias AP. Quanto mais longe estiver a fonte dos raios-x do filme, o mais nítido e menos ampliada fica a imagem. (Você pode confirmar isso colocando sua mão a uns 8cm de uma mesa, ascenda um lâmpada acima da sua mão em diferentes distâncias, e observado as sombras. A sombra será mais nítida e menos ampliada se a lâmpada estiver distante). Sendo as radiografias AP tiradas de uma distância curta, as imagens aparecerão mais ampliadas e menos nítidas comparado com as imagens PA padrão.
    • A radiografia torácica lateral é tirada com o lado esquerdo do tórax do paciente encostado no filme do raio-x (lado esquerdo ao invés do direito para fazer o coração aparecer mais nítido e menos ampliado, já que o coração é mais próximo do lado esquerdo do peito). É tirado com a máquina à 1,8 metros de distância, assim como na visão PA.
    • Uma vista oblíqua é uma vista girada, entre a vista frontal padrão e a vista lateral. É útil para localizar lesões e eliminar estruturas sobrepostas nas imagens.
    • Uma vista decúbito lateral é a imagem feita com o paciente deitado de lado. Isso ajuda a determinar se a suspeita de fluido (derrame pleural) esta correta, porque o mesmo irá assentar para o fundo, ou se a suspeita de ar (pneumotórax) está correta, porque o mesmo vai subir. Por exemplo: se há suspeita de fluido pleural no pulmão esquerdo, faça uma imagem decúbito lateral esquerda (permitindo que o fluido assente do lado esquerdo). Se a suspeita é de ar no pulmão esquerdo, faça uma imagem decúbito lateral direita (permitindo que o ar suba pra o lado esquerdo).
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    Procure marcadores: ‘E’ para Esquerdo, ‘D’ para Direito, ‘PA’ para Póstero-Anterior, etc. Veja a posição do paciente: inerte (deitado), vertical, lateral, decúbito.
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    Veja a qualidade do material do filme.
    • Exposição: filmes superexpostos parecem mais escuros do que o normal, fazendo detalhes difíceis de enxergar; filmes sem exposição suficiente parecem mais brancos que o normal, e gera uma opacificação geral. Procure por corpos invertebrados em um raio-x torácico bem penetrado. Um raio-x do tórax sem penetração de imagem não pode diferenciar corpos vertebrados de espaços invertebrados, enquanto um filme penetrado demais mostra espaços invertebrados com muita distinção.
      • Para avaliar exposição olhe para a coluna vertebral atrás do coração na visão frontal. Se for possível ver a espinha detalhada e os vasos do pulmão atrás do coração, a exposição está correta. Se somente a espinha está visível, mas não os vasos pulmonares, o filme está muito escuro (superexposto). Se a espinha não está visível, o filme está muito branco (sem exposição suficiente).
    • Movimento: movimento aparece como áreas com borrões. É difícil encontrar um pneumotórax sutil se há um movimento significativo.
    • Rotação: rotação significa que o paciente não estava posicionado reto no filme de raio-x, com um plano do peito girado comparado com o plano do filme. Isso causa distorção porque pode fazer os pulmões parecerem assimétricos a silhueta cardíaca desorientada. Procure ver se os pulmões direito e esquerdo tem praticamente o mesmo diâmetro, e se as pontas das costelas (final da área calcificada de cada costela) estão no mesmo lugar na parede do tórax, o que indica ausência de rotação significativa. Se existe alguma rotação significativa, o lado que foi levantado aparece mais estreito e mais denso (mais branco) e a silhueta cardíaca aparece mais no campo oposto do pulmão.
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    Vias aéreas: confira se consegue ver se as vias aéreas estão evidentes e alinhadas. Por exemplo, em um pneumotórax hipertensivo, as vias aéreas estão desviadas pra longe do lado afetado. Procure a quinta vértebra torácica, onde a traqueia bifurca (se divide) entre os brônquios direito e esquerdo.
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    Ossos: procure nos ossos qualquer tipo de fratura, lesão ou defeito. Perceba o tamanho total, formato e contorno de cada osso, densidade e mineralização (ossos osteopênicos parecem finos e menos opacos), espessura cortical em comparação com a cavidade medular, padrão trabecluar, presença de qualquer erosão, fraturas, áreas líticas ou blásticas. Procure por lesões Lucent e escleróticas. Uma lesão Lucent é uma área no osso com pouca densidade (parecendo escura); pode parecer que está pra fora em comparação ao osso circundante. Uma lesão esclerótica é uma área no osso com muita densidade (parecendo mais branca). Nas articulações, procure por estreitamento no espaço entre as articulações, ou alargamento, calcificação na cartilagem, ar no espaço entre as articulações, acúmulos anormais de gordura, etc.
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    Silhueta cardíaca: veja o tamanho da silhueta cardíaca (espaço branco representando o coração, situado entre os pulmões). Uma silhueta cardíaca normal ocupa menos da metade da largura do peito.
    • Procure por coração com forma de garrafa d’água em uma imagem PA plana, sugerindo derrame pericárdico. Faça uma ultrassonografia ou tomografia computadorizada do tórax para confirmar.
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    Diafragmas: procure por diafragma plano ou elevado. Um diafragma achatado pode indicar enfisema. Um diafragma elevado pode indicar uma área com ar consolidado (como na pneumonia) fazendo com que o campo inferior do pulmão fique indistinguível na densidade do tecido em comparação com o abdômen. O diafragma direito é normalmente mais elevado do que o esquerdo, devido a presença do fígado abaixo do diafragma direito. Também olhe o ângulo costofrênico (que deve ser nítido) procurando por qualquer embotamento, que pode indicar derrame (como fluido se assentando). São necessários cerca de 300-500 ml de fluido para embotar o ângulo costofrênico.
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    Bordas do coração; tecidos moles externos: Veja as bordas do coração conferindo o sinal da silhueta: uma radio-opacidade escurecendo a margem do coração, no lobo médio direito e pneumonia lingular esquerda, por exemplo. Também procure nos tecidos moles externos qualquer anormalidade. Veja os linfonodos, procure por enfisema subcutâneo (densidade de ar abaixo da pele), e outras lesões.
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    Área dos pulmões: veja a simetria, vascularidade, presença de alguma massa, nódulos, infiltrações, fluido, prisão dos brônquios, etc. Se fluido, muco, tumor, ou etc., preenche os sacos de ar, os pulmões parecerão densos (claros), com marcações intersticiais menos visíveis.
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    Bolha gástrica: procure a presença de bolha gástrica, logo abaixo do coração; perceba se está obscura ou ausente. Avalie a quantidade de gás e localização da bolha gástrica. Bolhas de gás normais também podem ser vistas nas flexuras hepática e esplênica do cólon.
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    Hilos: procure por nódulos ou massas nos hilos de ambos os pulmões. Na visão frontal, a maioria das sombras nos hilos representam as artérias pulmonares. A artéria pulmonar esquerda está sempre mais elevada do que a esquerda, fazendo os hilos esquerdos mais altos. Procure por linfonodos calcificados nos hilos, o que pode ser causado por uma antiga infecção de tuberculose.
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    Instrumentações: procure por qualquer tipo de tubo, linhas intravenosas, pistas de eletrocardiografia, drenos cirúrgicos, próteses, etc.

Dicas

  • Siga uma metodologia sistemática para ler um raio-x do tórax para garantir que você não perca nada.
  • Uma boa regra de ouro para ler raio-x do tórax é ir de observações gerais para detalhes específicos.
  • Sempre compare com radiografias antigas quando disponíveis. Elas vão te ajudar a detectar uma nova doença e avaliar mudanças.
  • A prática leva à perfeição. Estude e leia muitas radiografias para se tornar proficiente nelas.
  • O tamanho do coração deve ser menor eu 50% do diâmetro do peito.
  • Rotação: olhe as cabeças clavicórdias em relação ao processo espinhoso – eles devem estar equidistantes. Fonte :http://pt.wikihow.com

sábado, 17 de agosto de 2013

O CRÂNIO HUMANO


Que este site te ajude em sua caminhada.

Planos e linhas da cabeça

Introdução

Saber reconhecer as estruturas anatômicas é fundamental para uma boa interpretação radiográfica. Demonstraremos aqui as principais estruturas anatômicas.

Constituição do crânio

1. Neurocrânio 

Ossos 
- 1 frontal
- 2 parietais
- 2 temporais
- 1 occipital,
- 1 esfenóide
- 1 etmóide.

2. Esqueleto da face

Ossos 
- 2 lacrimais
- 2 nasais
- 2 maxilas
- 2 zigomáticos
- 2 palatino
- 2 corneto inferior (concha nasal inferior)
- 1 mandíbula
- 1 vômer.

Osso Frontal

O osso frontal é um osso ímpar o crânio formando a calota craniana,sendo a sua localização ântero superior. É um osso chato (ou largo).Está localizado na porção anterior do crânio, superiormente ao maciço facial. O osso frontal apresenta duas caras: uma, posterior e côncava, a cara interna (endocranial ou cerebral). A outra, anterior, angulosa e projetada para frente, a cara externa (exocranial ou cutânea). Na cara externa podemos notar a glabela, escama do frontal, sutura frontal, crista orbitonasal, borda supraorbitária, borda nasal, eminencia frontal, espinha nasal e etc.
  

Ossos Parietais

Os ossos parietais (do latim: parede) formam os lados e a abóboda craniana. É um osso par, possuindo dois lados: esquerdo e direito. Este lados são unidos pela sutura Sagital. É um osso achatado. Articula-se com o outro osso parietal, o frontal, o temporais, e o occipital.

    

Osso Temporal

O osso temporal é um osso par que forma as laterais do crânio ou têmporas. É um osso irregular e situa-se ínfero-lateralmente. Situa-se na região lateral e inferior do crânio, constituem as paredes laterais do crânio e na sua cavidade timpânica localizam-se os 3 ossos do ouvido médio. A saliência óssea atrás da orelha chama-se Apófise Mastóide.


Osso occipital

O osso occipital está localizado na parte posterior do crânio e articula-se com os ossos parietais, temporais e esfenóide, bem como com a primeira vértebra cervical - o atlas. É dividido em quatro partes: uma basilar, uma escamosa e duas laterais.
O principal acidente anatômico encontrado é o forame magno, situado ântero-medialmente na base do osso occipital. A região delimitada pelo forame, além de ser o local de comunicação entre a cavidade craniana e o canal vertebral, é também onde a medula espinhal se converte em medula oblonga - contínua com o bulbo do tronco encefálico. Pelo forame magno passam as meninges, raízes espinhais do XI par craniano (nervo acessório), ramos meníngeos do primeiro ao terceiro nervos cervicais, artérias vertebrais e artérias espinhais.


Osso esfenóide


O osso esfenóide é um osso situado na base do crânio na frente das partes temporal e basilar do osso occipital. Apresenta um formato semelhante a uma borboleta ou morcego com as asas estendidas.
O osso esfenóide conecta-se com os ossos:
•Frontal
•Parietal
•Temporal
•Occipital
•Zigomáticos
•Maxilas

Forames e fissuras


•Canal óptico - nervo óptico e artéria oftálmica
•Forame redondo - nervo maxilar 
•Forame oval - nervo mandibular, artéria meníngea acessória
•Forame espinhoso - artéria meníngea média
•Canal pterigóide
•Juntamente com o osso frontal:


Sela Turca (Sela Túrcica)

Em uma posição lateral verdadeira, a sela turca teria aparência similar à da Figura. Deformidade da sela turca é frequentemente o único indício de uma lesão intracraniana; logo, a radiografia da sela turca pode ser muito importante. A depressão da sela turca e o dorso da sela são mais bem vistos no perfil. Os processos clinóides anteriores são anteriores e superiores a sela turca, e os processos clinóides posteriores são vistos como pequenas extensões localizadas acima do dorso da sela.

                                            

Osso etmoide

 
Etmóide é um osso ímpar e mediano que, juntamente com o frontal, os parietais, os temporais, o occipital e o esfenóide, contribui para formar a cavidade craniana e a cavidade nasal.
O etmóide é um osso denominado curto, uma vez que a sua altura, comprimento e largura se equivalem harmoniosamente, não havendo predomínio de nenhuma destas dimensões. Este osso localiza-se na base do crânio, mais concretamente, na zona anterior medial.A lâmina horizontal é também chamada lâmina crivosa devido aos crivos (orifícios) que possui. Em sua face superior, separada pela crista etmoidal, a lâmina horizontal apresenta dois canais olfativos, onde estão alojados os bulbos olfativos. Por sua vez, esses canais apresentam-se perfurados por diversos outros orifício (daí o nome "lâmina crivosa"), chamados forames da Lâmina cribriforme (ou crivosa). Dentro destes orifícios passam os filetes nervosos olfativos.A face inferior dessa lâmina horizontal contribui para formar a parede superior da fossa nasal.A lâmina vertical atravessa perpendicularmente a lâmina horizontal e, por isso é dividida para estudo em duas porções, sendo a que fica acima da lâmina horizontal a própria crista etmoidal e a que fica por baixo a lâmina perpendicular do etmóide. A crista etmoidal ou apófise da "crista gali" encontra-se na zona superior e está em contacto com o osso frontal, estando portanto na zona da cavidade craniana. A lâmina perpendicular encontra-se na zona inferior, apresentando duas faces laterais que contribuem para a formação da parede medial da cavidade nasal. Deste modo, a lâmina perpendicular vai separar a cavidade nasal em duas fossas nasais, e ao articular-se com os ossos nasais, a espinha nasal e a cartilagem origina o septo nasal, estrutura separadora das duas narinas.As massas laterais apresentam uma forma cuboidal (seis faces), sendo a face superior articulada com o bordo da incisura etmoidal do frontal e apresentando semi-células, que juntamente com as semi-células do bordo da incisura etmoidal do frontal, formam as células etmoidais anteriores, sendo a maior e mais anterior denominada de infundíbulo, que, por sua vez, será o elo de ligação entre a fossa nasal e o seio frontal. A face inferior se articula com a parte média do bordo superior da maxila e apresenta um meato nasal médio. A face anterior se articula com a face posterior do osso lacrimal. A face posterior se articula com a face anterior do corpo do esfenóide. a face lateral ou lâmina orbital contribui para a formação da parede medial da cavidade orbital. A face medial, assim como a face superior, apresenta muitos acidentes anatômicos, sendo os mais importantes as conchas nasais média e superior, que por sua vez dão origem, em suas faces laterais, aos meatos nasal superior, que desemboca no seio esfenoidal, e médio que desemboca tanto no seio frontal, através do infundíbulo, como no seio maxilar.
    
                                 
 
 
 

Osso lacrimal

O osso lacrimal, o menor e mais frágil osso da face, está situado na porção anterior da parede medial da órbita. Ele tem duas superfícies e quatro bordas. 
 
 
                   
 
 

Ossos nasais

Os ossos nasais são dois pequenos ossos oblongos, variando de tamanho e forma conforme a pessoa e sua idade. Eles tão dispostos lado a lado na porção média e superior da face, e formam, através de sua união, "a ponte" do nariz.
 
 
                       
 
 
 

Osso maxilar

Nos mamíferos, o maxilar é a estrutura da região frontal do crânio que suporta os dentes superiores e forma uma parte do palato, da cavidade nasal e da órbita. É formada por dois ossos geminados – as maxilas - que, nas extremidadesrostrais (na linha média), articulam-se entre si em sínfise (fixa) e, nas restantes superfícies recebe os ossos nasais, palatino, etmóide, frontal e, nas regiões laterais, com os zigomas (as “maçãs do rosto”). A má formação da sutura mediana das maxilas provoca o defeito conhecido como lábio leporino, no homem. Cada maxila contém, da parte mediana à posterior, onze alvéolos para a inserção dos dentes, respectivamente: três alvéolos, que aumentam de tamanho do primeiro para o terceiro, para o engaste dos incisivos; um alvéolo canino, bastante profundo; quatro alvéolos pré-molares e três molares. Estes números referem-se à boca dum mamífero com dentição completa; nos vários grupos de mamíferos, os números variam, tendo evoluído de acordo com o tipo de alimentação.          

                                 


Osso zigomático

O osso zigomático é um osso par do crânio humano. É achatado, de forma quadrangular, apresentando 2 faces, 4 bordos e 4 ângulos.Se articula com a maxila, osso temporal, a grande asa do osso esfenóide e o osso frontal. Forma parte da órbita e geralmente é referido como o osso da bochecha ou osso malar. Está situado acima e lateralmente na face: forma a proeminência da bochecha, parte da parede lateral e assoalho da órbita, e partes das fossastemporaleinfratemporal. Apresenta o forame zigomaticofacial na sua face externa. Na face interna apresenta o orifício zigomatico-temporal do canal têmporo-malar. A apófise orbital (Processusorbitalis) situa-se no bordo ântero-superior. O bordo póstero-superior apresenta o tubérculo marginal. O bordo póstero-inferior dá inserção ao músculo masseter.

                        




Concha nasal

Concha nasal (ou sistema turbinado) é uma protuberância óssea na parede lateral da fossa nasal. As conchas nasais estão localizadas lateralmente nas cavidades nasais, curvando-se medialmente e para baixo em direção à via respiratória nasal. Cada par é composto por uma concha nasal de cada lado da cavidade nasal, dividas pelo septo nasal. Os três pares, com seus componentes esquerdo e direito, são:
•Concha nasal superior (parte do osso etmóide)
•Concha nasal média (parte do osso etmóide)
•Concha nasal inferior 

  
                                 

Concha nasal inferior  

A concha nasal inferior ou corneto inferior se estende horizontalmente ao longo da parede lateral da cavidade nasal e consiste de uma lâmina de osso esponjoso, curvada em si mesmo. Cada concha nasal inferior é considerada um par de ossos faciais já que elas surgem dos ossos maxilares e se projetam horizontalmente dentro da cavidade nasal. Na passagem do ar, ele é aquecido, umedecido e limpado. Superior à concha nasal inferior está a concha nasal média e a concha nasal superior.
 
 
                                   


Osso mandibular

Nos vertebrados, a mandíbula é o componente móvel (se movimenta nos três planos: sagital, frontal e transversal) do crânio que forma a parte inferior da cabeça. Sua forma é semelhante a uma ferradura horizontal com abertura posterior (corpo), de cujas extremidades livres saem dois prolongamentos (ramos). Na parte posterior, há uma articulação sinovial, com os ossos temporais através do processo condilar, alongado ortogonalmente ao plano medial; esta articulação designa- se Articulação Temporomandibular (ATM). Cada lado contém, da extremidade anterior à posterior, oito alvéolos para a inserção dos dentes, respectivamente: dois alvéolos para o engaste dos incisivos; um alvéolo canino, bastante profundo; dois alvéolos pré-molares e dois ou três molares, dependendo da formação ou não do terceiro molar ou dente siso. Estes números referem-se à boca do homem, nos restantes grupos de mamíferos, os números variam, tendo evoluído de acordo com o tipo de alimentação. Ainda sobre a anatomia humana da mandíbula humana nota-se a inserção de todos os músculos da mastigação, tendo como principais o Masseter, o Músculo temporal e e os pterigóides, medial e lateral.
                                     
                     

Origem da mandíbula

Deriva do esqueleto visceral (primeiro arco branquial) e se realiza ao lado da cartilagem mandibular, que desaparece. A partir da sexta semana de vida intra-uterina, começa a ossificar-se antes de qualquer outro osso do organismo, com exceção da clavícula. Em fase embrionária há uma ossificação bilateral em direção latero-mesial. Quando os dois processos se unem formam um único osso.

Crescimento da mandíbula 

É ântero-posterior e em altura, por deslocamento oblíquo do processo condilar (cartilagíneo) por aposições da margem posterior dos ramos; ântero-posterior dos ramos; ântero-posterior, por reabsorção na margem anterior dos ramos; do corpo, por elevação dos processos alveolares; e em altura por desenvolvimento da base do corpo da mandíbula.

Cronologia anatômica

Durante o seu crescimento, a mandíbula sofre mutações morfológicas e estruturais que justificam uma descrição particular.


Embriologia

A mandíbula deriva do primeiro arco branquial e, a partir da sexta semana de vida intra-uterina, começa a ossificar-se antes de qualquer outro osso do organismo, com exceção da clavícula. Esse processo tem início no tecido conjuntivo que reveste a parte anterior da face lateral da cartilagem mandibular, enquanto sua extremidade posterior se ossifica para formar dois ossículos para formar dois ossículos da audição: a bigorna e o martelo. Na verdade, a cartilagem mandibular seria guia e não um elemento ativo no desenvolvimento da mandíbula.
Entre a décima primeira e a décima quarta semana de vida fetal, aparecem cartilagens acessórias responsáveis pela formação do processo condilar e parte do processo coronóide da mandíbula, aos quais devem ser somados outros dois nódulos secundários sinfisianos, se soldam ao corpo principal da mandíbula, no nível da futura protuberância mental.

Mandíbula do feto

No nascimento, a mandíbula é constituída por duas metades independentes, unidas na linha mediana por um tecido fibroso que desaparece no segundo mês de vida, quando começa a ser substituído progressivamente por um tecido ósseo que permitirá a fusão das duas partes primitivas da mandíbula e a formação ulterior da sínfise da mandíbula. Nos roedores e em outras espécies animais, não ocorre o fenômeno de ossificação e soldadura das duas metades da mandíbula e por isso estes permanecem independentes durante toda a vida. O corpo da mandíbula do recém-nascido tem pouca altura, com um ângulo mandibular obtuso (130º a 160º); os ramos são curtos e largos, como se constituíssem um prolongamento do corpo do osso, que se caracteriza pela presença de três saliências correspondentes aos germes dos dentes canino e molares dente decíduos. A futura margem alveolar invade a face mesial do ramo, observando-se então que o local do molar de 6 anos situa-se 3 a 5 mm distante do esboço da língula da mandíbula. Nesse lugar termina a margem anterior do ramo e o trígono retromolar da mandíbula do adulto ainda não está delimitado. O processo condilar é grande em proporção ao restante do osso e o vértice do processo coronóide chega até seu limite superior ou pode ultrapassá-lo. Na extremidade inferior do sulco que separa as eminências alveolares do canino e do primeiro molar decíduo situa-se o forame mental. Em todos os casos evidenciam-se os forames de entrada e saída do canal de Serres.

Osso vômer

O vômer ou vômer é um do ossos ímpares do crânio. Ele está situado na linha sagital mediana, e se relaciona com o osso esfenóide, osso etmóide, ossos palatinos esquerdo e direito e os ossos maxilares esquerdo e direito.

                                    


Planos e linhas da cabeça

Observamos que podem ser traçadas na cabeça vários planos e linhas imaginárias, com o objetivo de facilitar a localização de estruturas anatômicas e o posicionamento do paciente para o exame radiografico.

Principais planos da cabeça

• Plano sagital: Todos os planos verticais com orientação paralela à sutura sagital do crânio que, na posição em pé, estendem-se de ventral para dorsal. O plano sagital mediano (= plano mediano) divide o corpo em duas metades iguais.
•  Plano frontal: (= plano coronal): Todos os planos com trajeto paralelo à testa ou à sutura coronal do crânio que, na posição em pé, atravessam o corpo.
• Plano biauricular: plano frontal (coronal) mediano que passa pelos poros acústicos externos dividindo a cabeça nas partes anterior e posterior.
• Plano infra-orbitomeatal: Também conhecido com plano horizontal alemão, plano antropológico, ou plano de Frankfurt. É um plano horizontal perpendicular aos planos frontal (coronal) e sagital, que vai da borda inferior das órbitas ao teto dos poros acústicos externos, dividindo a cabeça em partes superior e inferior.
• Plano orbitomeatal ou plano meatorbitária: Também denominado plano horizontal americano, é um plano que vai dos poros acústicos externos às bordas externas das órbitas. Forma um ângulo aproximado de 12º com o plano infra-orbitomeatal (plano horizontal alemão).  

Principais linhas da cabeça

• Linha biauricular: Linha que vai de poro acústico externo ao outro. Coincide com o plano biauricular.
• Linha interorbital  ( interpupilar ): une o centro das duas órbitas ou o centro das duas pupilas  quando os olhos estão olhando diretamente para frente.
• Linha infra-orbitomeatal: Também conhecida como linha horizontal alemã, linha antropológica, linha de Frankfurt ou linha de reid. É uma linha que vai da borda inferior da orbita ao teto do poro acústico externo do mesmo lado. Coincide com o plano infra-orbitomeatal (plano horizontal alemã).
• Linha orbitomeatal ou meatorbitária: Também denominada linha horizontal americana, é uma linha que vai da borda externa (lateral) de uma órbita ao centro do poro acústico externo do mesmo lado. Coincide com o plano orbitomeatal (plano horizontal americano). Forma um ângulo aproximado de 12° com a linha infra-orbitomeatal (linha horizontal alemã).
• Linha trago-mentoniana: Também conhecida como linha meato-mentoniana, é uma linha que vai do trago (cartilagem anterior da orelha externa) ou poro acústico externo à protuberância mentual (mento), com boca fechada. Forma um ângulo aproximado de 40° com alinha infra-orbitomeatal ou aproximadamente 52° com linha orbitomeatal. 
• Linha de Chamberlain: É uma linha que vai do palato duro à borda póstero-superior do forame magno.





ARTICULAÇÕES DO CRÂNIO – SUTURAS

Crânio do Adulto

As articulações ou uniões do crânio são denominadas suturas e pertencem à classe das articulações denominadas articulações fibrosas. Por serem imóveis no adulto, elas são denominadas sinartrodiais. Elas estão demonstradas na figura nas vistas lateral, superior oblíqua e posterior respectivamente.
                               
                               

A sutura caronal 

Separa o osso frontal dos dois parietais. Separando os dois ossos parietais na linha média está a sutura sagital. Posteriormente a sutura lambdóide separa os dois parietais do osso occipital. 

A sutura escamosa 

É formada pela junção inferior de cada osso parietal com o respectivo osso temporal. Cada terminação da sutura sagital é identificada como um ponto ou área com um nome específico conforme descrito. A terminação anterior da sutura sagital é denominada bregma, e a terminação posterior é chamada de lambada. Os ptérios direito e esquerdo são pontos na junção dos parietais, temporais e asas maiores do esfenóide (terminação posterior da sutura esfenoparietal). Os astérios direito e esquerdo são pontos posteriores às orelhas, onde as suturas escamosa e lambdóide se encontram. 

Crânio do Recém-nascido

A calvária ou calota craniana nas crianças pequenas é muito grande em proporção ao resto do corpo, mas os ossos da face são bem pequenos. A ossificação dos ossos cranianos individuais está incompleta ao nascimento, e as suturas são espaços cobertos por membranas que se preenchem logo após o nas¬cimento. No entanto, certas regiões onde as suturas se encontram são mais lentas em sua ossificação,e elas são denominadas fontanelas. As próprias suturas cranianas geralmente não se fecham por completo antes do 12 ou 13 anos, e algumas podem não se fechar completamente até a idade adulta.

Fontanelas 

Na fase precoce da vida, o bregma e o lambda não são ossificados, mas sim orifícios cobertos por membrana ou "pontos moles". Esses pontos moles são denominados fontanelas anterior e posterior em uma criança pequena. A fontanela anterior é a maior e ao nascimento mede cerca de 2,5 cm de largura e 4 cm em seu eixo longitudinal. Não se fecha completamente até cerca de 18 meses de idade. Duas pequenas fontanelas laterais que se fecham logo após o nasci-mento são as fontanelas esfenóide (ptério no adulto) e mastóide (astério no adulto), localizadas respectivamente nos ângulos esfenóides e mastóides do osso parietal de cada lado da cabeça. Assim, existe um total de seis fontanelas no lactente, como se vê a seguir:

Suturas e fontanelas do crânio do recém-nascido

                                  
                                  


Ossos Suturais, ou Wormianos

Certos ossos pequenos e irregulares, chamados de ossos suturais, ou wormianos, por vezes se desenvolvem nas suturas cranianas adultas. Esses ossos isolados são mais freqüentemente encontrados na sutura lambdóide, mas ocasionalmente são também encontrados na região das fontanelas, sobretudo na fontanela posterior. No crânio adulto, eles es¬tão completamente ossificados e são visíveis graças às linhas suturais ao redor de suas bordas.Após termos uma noção de anatomia da cabeça, linhas e planos podemos dar inicio ao estudo radiográfico propriamente dito.

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Estudo radiográfico do crânio.

·
 Número mínimo de incidências

Uma no plano coronal e outra no plano sagital;

 ·  Rotina radiográfica para crânio.

-PA
-Perfil

INCIDÊNCIA PA:

ROTINA PARA CRÂNIO-RC a Oº (Caldwell, occipito-frontal ou PA verdadeiro do crânio)

 

Filme radiografico

Pode ser usado para cada incidência filme de 18cm x 24cm (criança) ou 24cm x 30cm (adulto).

Posição do Paciente

Fazer a radiografia com o paciente na posição ortostática ou prona.

Posição da Parte

Apoiar a testa e o nariz do paciente contra a mesa/superfície de Bucky. Flexionar o pescoço para alinhar a LOM perpendicularmente ao filme. Alinhar o plano mediossagital perpendicularmente à linha média da mesa/Bucky para evitar rotação e/ou inclinação da cabeça ( Os MAEs devem estar a mesma distância da mesa/superfície de Bucky). Centralizar o filme ao RC.

Raio Central

RC perpendicular ao filme (paralelo a LOM) e centralizado para sair na glabela. DFoFi mínima de 100 cm.
                    

Colimação

Fazer a colimação nas margens externas do crânio.

Respiração

Prender a respiração durante a exposição.

Critérios Radiográficos

Estruturas Mostradas: 

Osso frontal, crista galli, condutos auditivos internos, seios frontais e células etmoidais anteriores, cristas petrosas, asas maiores e menores do esfenóide e dorso da sela.

 


Posição:

 A ausência de rotação é evidente, como indicado pelas distâncias iguais bilateralmente da linha orbital oblíqua até a margem lateral do crânio. Cristas petrosas preenchem as órbitas e se sobrepõe à região orbital superior. Clinóides posteriores e anteriores são visualizados logo acima das células etmoidais.

Colimação e RC:

Todo o crânio é visualizado na imagem, com o násio no centro. Bordas de colimação voltadas para as bordas externas do crânio são visíveis

Critérios de Exposição:

Densidade e contraste são suficientes para visualizar o osso frontal e as estruturas ósseas circundantes. . Margens ósseas nítidas indicam ausência de movimento.

Fatores técnicos radiográficos

KV= 2.e + K: aproximado na faixa de 75KV+/-5KV
mAs: aproximado na faixa de 30mAs +/- 5mAs
distância foco-filme (dFoFi): 1m

INCIDÊNCIA PRFIL:

Filme radiografico

Pode ser usado para cada incidência filme 24cm x 30cm (adulto), em sentido transversal.

Posição do paciente

Fazer a radiografia com o paciente na posição ortostática ou deitada, semipronada (posição de Sim).

Posição da Parte (cabeça)

Colocar a cabeça em uma posição lateral verdadeira, com o lado de interesse próximo do filme e o corpo do paciente com a obliqüidade necessária. (Uma forma de avaliar a rotação é palpar a protuberância occipital externa posteriormente e o násio ou glabela anteriormente e garantir que esses dois pontos estejam à mesma distância do tampo da mesa.) Alinhar o plano mediossagital paralelamente ao filme, garantindo que não haja rotação ou inclinação. Alinhar a linha interpupilar perpendicularmente ao filme, garantindo que não haja inclinação da cabeça. Ajustar a flexão do pescoço para alinhar a Linha Infra-orbitomeatal (LIOM- Linha horizontal alemã), perpendicularmente à borda anterior do filme. (LGA estará paralela à borda anterior do filme.), e a Linha interpupilar (Linha interorbitária) deve estar perpendicular à mesa bucky (ou bucky vertical).

                    


Raio Central

Direcionar o RC perpendicular ao filme. Centralizar para um ponto cerca de 5 cm superior ao MAE. Centralizar o filme em relação ao RC DFoFi mínima de 100 cm.

Colimação

Colimar as margens externas do crânio.

Respiração

Prender a respiração durante a exposição.

Observação:

Para pacientes em decubito, um suporte radiotransparente colocado sob o queixo ajudará a manter a posição lateral verdadeira. Um paciente com tórax largo pode exigir uma esponja radiotransparente sob toda a cabeça para evitar inclinação, e um paciente magro pode exigir suporte sob a parte superior do tórax.

Critérios Radiográficos

Estruturas Mostradas:

Metades cranianas superpostas com detalhes superiores da região lateral do crânio próximos ao filme são demonstradas. Toda a sela turca, incluindo os clinóides anteriores e posteriores e o dorso da sela, é também mostrada. A sela turca e clivus são demonstrados em perfil.

Posição:

Nenhuma rotação ou inclinação do crânio deve ser evidenciada. A rotação é evidenciada pela separação anterior e posterior das estruturas bilaterais simétricas como os MAE, ramos mandibulares e asas maiores do esfenóide. Inclinação é evidenciada pela separação superior e inferior dos tetos orbitários (lâminas), MAES e asas menores do esfenóide.

Colimação e RC:

Todo o crânio visualizado nessa imagem, com a região 5 cm superior às MAES aproximadamente no centro. Bordas de colimação voltadas para a margem externa do crânio.

Critérios de Exposição:

Densidade e contraste são suficientes para visualizar detalhes ósseos das estruturas selares e crânio circundante. Margens ósseas nítidas indicam ausência de movimento.

Fatores técnicos radiográficos

KV= 2.e + K: aproximado na faixa de 65KV+/-5KV
mAs: aproximado na faixa de 25mAs +/- 5mAs
distância foco-filme (dFoFi): 1m

Incidências complementares ou especiais para o crânio

Incidência AP axial: Também denominada de Reverchon, Bretton, Towne, Worms, Altschul
Incidência Axial PA- RC a 15º: Método de Caldwell ou RC a 25º a 30º 
Incidência submento-vértice (SMV): Também denominada Hirtz ou axial do crânio (SÉRIE CRANIANA)
Incidencia AP axial :  Método de Towne, Reverhon, Bretton, Worms, Altschul.

Filme radiográfico 

Pode ser usado para cada incidência filme 24cm x 30cm (adulto), em sentido longitudianal.

Posição do Paciente

Abaixar o queixo, trazendo a LOM perpendicular ao filme. Para pacientes incapazes de flexionar o pescoço a esta extensão, alinhar a LlOM perpendicular ao filme. Adicionar um suporte radiotransparente sob a cabeça se necessário (ver Observação abaixo). Alinhar o plano mediossagital ao RC e a linha média da mesa/superfície do Bucky. Assegurar-se de que não haja rotação e/ou inclinação da cabeça. . Garantir que o vértice do crânio esteja no campo do raio X.

Raio Central


Angular o RC a 30° caudal em relação a LOM, ou 37° caudal em relação a LlOM (ver observação abaixo). Centralizar no plano mediossagital, 6 cm acima da glabela, ou atravessar aproximadamente 2 cm superior ao nível das MAES (sairá no forame magno). Centralizar o filme ao RC projetado. DFoFi mínima de 100 cm.


Colimação

Colimar nas margens externas do crânio. Respiração Prender a respiração.

Observação:

Se o paciente for incapaz de abaixar o queixo suficientemente para trazer a LOM perpendicular ao filme, mesmo com uma esponja pequena sob a cabeça, a linha infra-orbitomeatal (LlOM) pode ser colocada perpendicularmente em lugar da LOM, e a angulação do RC pode ser aumentada para 37° caudal. Isso mantém o ângulo de 30° entre a LOM e o RC e demonstra as mesmas relações anatômicas. (Existe uma diferença de 7° entre a LOM e a LIOM.)

Critérios Radiográficos

Estruturas Mostradas


Osso occipital, pirâmides petrosas e forame magno são mostrados com o dorso da sela e clinóides posteriores visualizados na sombra do forame magno.

Posição

Distância igual do forame magno até a margem lateral do crânio em ambos os lados indica ausência de rotação. Dorso da sela e clinóides posteriores visualizados no forame magno indicam angulação correta do RC e flexão/extensão adequadas do pescoço. A angulação insuficiente do RC projetará o dorso da sela acima do forame magno, e a angulação excessiva projetará o arco anterior de C1 para o interior do forame magno em vez do dorso da sela. Cristas petrosas devem estar simétricas e visualizadas superiormente aos processos mastóides.

Colimação e RC

Todo o crânio é visualizado na imagem com o vértice próximo ao topo, e o forame magno está aproximadamente no centro. Bordas de colimação estão voltadas para a margem externa do crânio.

Critérios de Exposição

Densidade e contraste são suficientes para visualizar o osso occipital e estruturas selares dentro do forame magno. Margens ósseas nítidas indicam ausência de movimento.

Fatores técnicos radiográficos

KV= 2.e + K: aproximado na faixa de 80KV+/-5KV
mAs: aproximado na faixa de 30mAs +/- 5mAs
distância foco-filme (dFoFi): 1m

INCIDÊNCIA PA AXIAL-RC a 15º Método de Caldwell ou RC a 25º a 30º 

Patologia Demonstrada

Fraturas cranianas (deslocamento lateral e medi­al), processos neoplásicos e doença de Paget.

Filme radiográfico

Tamanho do filme - 24 x 30, em sentido longitudinal

Posição do Paciente

Fazer a radiografia com o paciente na posição ortostática ou pronada.

Posição da Parte

Apoiar a testa e o nariz do paciente contra a mesa/superfície de Bucky. Flexionar o pescoço conforme necessário para alinhar a LOM perpendicularmente ao filme. Alinhar o plano mediossagital perpendicularmente à linha média da mesa/superfície de Bucky para evitar rotação e/ou inclinação da cabeça. Centralizar o filme ao Rc.

Raio Central

Angular o RC 15° caudal e centralizar para sair no násio. Alternar o RC de 25° a 30° caudal e também centralizar para sair no násio. DFoFi mínima de 100 cm.

Colimação

Fazer a colimação nas margens externas do crânio.

Respiração

Prender a respiração. Alternar de 25° a 30°: Uma incidência alternativa é uma angulação do tubo a 25° a 30° caudal para melhor visualizar as fissuras orbitárias superiores (setas pretas), o forame redondo (setas brancas pequenas) e a região da borda orbitária inferior.


Observação:

Uma angulação caudal diminuída do RC e/ou flexão aumentada do pescoço (queixo para baixo) resultarão na incidência das pirâmides petrosas sobre a porção superior das órbitas.

Critérios Radiográficos

Estruturas Mostradas

Asas maiores e menores do esfenóide, osso frontal, fissuras orbitais superiores, seios frontais e células etmoidais anteriores, margens orbitais superiores e crista galli.

PA com angulação caudal de 25° a 30°

Além das estruturas mencionadas previamente, o forame redondo adjacente a cada borda orbital inferior é visualizado e as fissuras orbitais superiores são visualizadas em sua totalidade no interior

Posição

A ausência de rotação é avaliada pela distância igual da linha orbital oblíqua até a margem lateral do crânio de cada lado, fissuras

PA com angulação caudal de 15°

Pirâmides petrosas projetadas para dentro do terço inferior das órbitas. Margens orbitais superiores visualizadas sem sobreposição.

PA com angulação caudal de 25° a 30°

Pirâmides petrosas projetadas na borda orbitária inferior ou justamente abaixo dela, para permitir visualização de toda a margem orbital.

Colimação e RC

Todo o crânio é visualizado na imagem, com o násio no centro.

Critérios de Exposição

Densidade e contraste são suficientes para visualizar o osso frontal e as estruturas selares sem superexposição das regiões do perímetro

Fatores técnicos radiográficos

KV= 2.e + K: aproximado na faixa de 80KV+/-5KV
mAs: aproximado na faixa de 25mAs +/- 5mAs
distância foco-filme (dFoFi): 1m

INCIDÊNCIA SUBMENTOVÉRTICE (SMV): Também denominada Hirtz ou axial do crânio (SÉRIE CRANIANA)


Advertência sobre o posicionamento  

Afaste a possibilidade de fratura ou subluxação cervical no paciente traumatizado antes de tentar essa incidência.

Patologia Demonstrada 

Patologia óssea avançada das estruturas internas do osso temporal (base do crânio, fratura da base do crânio).

Filme radiográfico  

Tamanho do filme - 24 x 30 cm, em sentido longitudinal

Proteção 

Proteja a região torácica superior do paciente (a proteção do pescoço e da tireóide obscurecerá a área de interesse).

Posição do Paciente 

Fazer a radiografia com o paciente na posição ortostática ou em decúbito dorsal. A posição ortostática, que é mais fácil para o paciente, pode ser feita com uma mesa ereta ou um Bucky vertical.

Posição da Parte

Elevar o queixo do paciente, hiperestendendo o pescoço se possível até que a linha infra-orbitomeatal (LIOM) esteja paralela ao filme (ver Observações abaixo). Apoiar a cabeça do paciente pelo vértice(região superior da cabeça). Alinhar o plano mediossagital perpendicularmente à linha média do filme radiografico ou mesa/superfície de Bucky, evitando rotação e/ou inclinação.

Decúbito dorsal:

Com o paciente em decúbito dorsal, estenda a cabeça do paciente acima do fim da mesa e apóie o porta-filme e a cabeça conforme mos­trado, mantendo a LIOM paralela ao filme e perpendicular ao RC. Se a mesa não se inclinar como mostrado na Figura, use um travesseiro sob o dorso do paciente para permitir extensão suficiente do pescoço.

Ereta:

Se o paciente for incapaz de estender suficientemente o pescoço, compense através da angulação do RC para mantê-Io perpendicular a LIOM. Dependendo do equipamento usado, o filme pode também ser angulado para manter a relação perpendicular com o RC (como no caso do Bucky vertical ajustável). Essa posição é muito desconfortável para os pacientes tanto na posição ortostática quanto no decúbito dorsal; realize o exame o mais rápido possível.


Raio Central

O RC é perpendicular à linha infra-orbitomeatal. Centralizar a 2 cm anterior ao nível das MAES (a meio caminho entre os ângulos da mandíbula). Centralizar o receptor de imagem (filme) em relação ao Rc. DFoFi mínima 100 cm.

Colimação

Colimar nas margens externas do crânio.

Respiração

Prender a respiração.

Critérios Radiográficos

Estruturas Mostradas 

Forame oval e espinhal, mandíbula, seio esfenoidal e células etmoidais posteriores, processos mastóides, cristas petrosas, palato duro, forame magno e osso occipital.

Posição

Extensão correta do pescoço e a relação entre a LlOM e o RC, indicada pelos côndilos mandibulares projetados anteriormente às pirâmides petrosas e osso frontal e sínfises mandibulares sobrepostos. Ausência de rotação ou inclinação, como indicado pela distância igual bilateralmente dos côndilos mandibulares até a borda lateral do crânio.

Colimação e RC 

Todo o crânio é visualizado na imagem, com o forame magno no centro aproximado. Bordas de colimação visíveis nas margens externas do crânio.

Critérios de Exposição 

Densidade e contraste são suficientes para visualizar a superfície externa do forame magno. Margens ósseas nítidas indicam ausência de movimento.

Fatores técnicos radiográficos

KV= 2.e + K: aproximado na faixa de 80KV+/-5KV
mAs: aproximado na faixa de 30mAs +/- 5mAs
distância foco-filme (dFoFi): 1m

INCIDENCIA PA AXIAL:Também denominada de método de Haas, nuco-frontal ou ainda semi-axial PA


Patologia Demonstrada

Osso occipital, pirâmides petrosas e forame magno, dorso da sela e clinóides posteriores são mostrados. Essa é uma incidência alternativa para pa­cientes que não podem flexionar o pescoço suficientemente para a incidência AP axial (Towne). Há ampliação da área occipital, mas resulta em doses menores para as estruturas faciais e glândula tireóide. Não é recomendada quando o osso occipital é a área de interesse devido à  ampliação excessiva.

Filme radiográfico

Tamanho do filme - 24 x 30 cm, em sentido longitudinal

Posição do Paciente

Fazer a radiografia com o paciente na posição ortostática ou pronada.

Posição da Parte

Apoiar a testa e o nariz do paciente contra a mesa/superfície do Bucky. Flexionar o pescoço, trazendo a LOM perpendicularmente ao filme. Alinhar o plano mediossagital perpendicularmente ao RC e à linha média do filme radiografico ou mesa/superfície de Bucky. Assegurar-se de que não há rotação ou inclinação (plano mediossagital perpendicular ao filme).

Raio Central 

Angular o RC 25° cefálico à LOM. Centralizar o RC ao plano mediossagital através do nível das MAES. Centralizar o receptor de imagem em relação ao RC projetado. DFoFi mínima de 100 cm. Colimação Fazer a colimação nas margens externas do crânio em todos os lados.

Respiração

Prender a respiração

Critérios Radiográficos

Estruturas Mostradas

Osso occipital, pirâmides petrosas e forame magno, com o dorso da sela e clinóides, posteriores visualizados na sombra do forame magno.

Posição

A ausência de rotação é evidenciada pela distância igual do forame magno até a margem lateral do crânio em ambos os lados. Dorso da sela e clinóides posteriores são visualizados no forame magno, o que indica correta angulação do RC e flexão e extensão adequadas do pescoço. As cristas petrosas devem estar simétricas e visualizadas superiormente aos processos mastóides.

Colimação e RC

Todo o crânio é visualizado na imagem, com o vértice próximo ao topo e o forame magno e as porções mastóideas próximas à parte inferior. Bordas de colimação são visíveis nas margens externas do crânio.

Critérios de Exposição

Densidade e contraste são suficientes para visualizar o osso occipital e as estruturas selares no interior do forame magno. Margens ósseas nítidas indicam ausência de movimento.

Fatores técnicos radiográficos

KV= 2.e + K: aproximado na faixa de 75KV+/-5KV
mAs: aproximado na faixa de 30mAs +/- 5mAs
Foco fino com grade móvel (bucky)